Sempre fui chamada de boa ouvinte. Aos poucos fui vendo o quanto                                                      aquela observação era real, que preferia escutar à falar, e aprendi que                                   escutar não é pouca coisa. Sou, realmente, uma escutadora de pessoas. Fui descobrindo nessas escutas, a construção do vínculo com o outro, um universo complexo, com muitos sentidos e significados. Foi assim, escutando, cuidando e acolhendo histórias, que encontrei a psicologia. E na psicologia aprendi muito mais. Aprendi sobre o corpo, a alma e a palavra. Entendi que as palavras também tem seu valor, sejam para acolher, sejam para magoar, sejam para curar. Que o corpo, a mente e a alma são como laços que se enlaçam ou fazem nó. E assim, entre escutas, palavras e silêncios, aprendo sobre os mais diversos antídotos para as dores do corpo e da alma. Vivo e aprendo sobre a vida, suas travessias, encontros e seus desafios. Nesse percurso, entre encontros e desencontros me perco, me refaço, me reinvento e sigo em meu enredo sem receitas prontas, com dedicação, paciência, coragem e humanidade.
Quem sou eu nessa caminhada? A ponte que testemunha a alma ser transformada em profundidade.
Meu trabalho é encorajar outras mulheres a enfrentarem todos os dias um pouquinho mais a vala do
desconhecido, para assim descobrirem o vale do (seu) encanto!
Sou apaixonada pelo início da vida, por isso me encantei e me encontrei na Psicoterapia Somática, que é uma abordagem pré e perinatal, onde tensões e traumas vividos na vida intrauterina e pós-uterina impedem a integração do livre fluxo do corpo, da mente e da alma. Sabendo quanto este momento é importante, pois quando olhamos para o nosso nascimento, o bebê e a criança que fomos ela nos conta sobre nossa história, e ao acolhe-la, torna-se possível olhar para essa história sob a perspectiva do adulto, e assim poder ressignificá-la. Então, direcionei toda minha formação e especialização na área da psicologia integrativa que costura o conhecimento teórico da psique com aspectos biológicos comportamentais, sociais e espirituais de cada mulher.
Estou desde 2004 (há 21 anos) atuando na clínica, cuidando e acolhendo as dores afetadas por traumas e como essas feridas afetam o corpo, as emoções, a alma e suas relações e como é possível ressignificá-las, através de uma reconexão integrativa e construindo formas mais conscientes e leve de se relacionar consigo mesma e com o outro.
Focando na prevenção e saúde integral da mulher, olho o Ser humano como um ser indivisível, tendo este como fator primordial na construção de um indivíduo emocionalmente saudável.

Maria Cecília Fagundes Galvão Brasil