ENTRE O QUE SOU E O QUE DESCUBRO
- 8 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de ago.

Olhar para dentro pode ser desconfortável no início, mas é o que nos liberta do que pesa e nos aproxima de quem verdadeiramente somos.
O processo de autoconhecimento é, muitas vezes, confundido com uma lista de coisas a melhorar, corrigir ou consertar. Mas ele não começa com um manual, nem com pressa. Começa com uma pergunta sincera, um silêncio mais atento, uma escuta honesta sobre como estamos, como vivemos e quem, de fato, estamos sendo.
Autoconhecer-se não é sobre se tornar uma nova pessoa, é sobre se aproximar, com verdade, daquilo que já habita em nós. É um retorno. Uma travessia de volta à própria essência, com coragem para acolher o que está em desequilíbrio e também para reconhecer o que pulsa com integridade.
Muitas vezes, esse caminho nos leva a lugares que evitamos por medo, dor ou insegurança. Lugares onde guardamos emoções abafadas, padrões repetitivos, crenças que não nos servem mais. Mas é justamente ao tocar essas camadas com presença que começamos a transformá-las.
Autoconhecer-se não é apenas um ideal bonito. É um caminho real, vivo, sensível e muitas vezes desafiador. Não é uma linha reta. É um processo contínuo, vivo, com pausas, curvas, retornos e descobertas. Não se trata de controlar tudo o que sentimos, mas de aprender a escutar as emoções com compaixão, percebendo o que cada uma delas quer nos contar. Pois há partes em nós que foram silenciadas, emoções que ficaram represadas, memórias que ainda doem. Às vezes, há confusão, resistência, medo do que se pode encontrar. E tudo isso faz parte do caminho.
Muitas mulheres chegam até a psicoterapia movidas por um desejo profundo de transformação. Sentem que algo dentro delas clama por mudança: um incômodo, uma angústia persistente, um ciclo repetitivo de dor. E então, passo a passo, começam a voltar-se para dentro. É nesse movimento de escuta que o autoconhecimento começa a florescer.
E nesse movimento, você vai se deparar com partes suas que foram caladas, esquecidas ou reprimidas. Vai identificar reações que machucam, sentimentos que pedem espaço, vozes internas que ecoam antigas exigências.
Autoconhecimento é como sentar-se consigo mesma e perguntar, com coragem e delicadeza:
“O que estou sentindo agora?”
“Do que preciso?”
“Como posso estar comigo, sem julgamento?”
“Por que isso ainda me afeta?”
“Quem eu sou, afinal?”
Essas perguntas não são sinal de fraqueza. São sinal de coragem. Porque só pergunta quem está disposta a escutar. Só se desnuda quem está pronta para se olhar com honestidade. É aí que nasce a força do autoconhecimento: ele não exige que você se transforme em outra mulher, mas que se permita ser quem é, com seus afetos, ciclos, dores, limites e verdades.
Essa escuta, quando acontece com amorosidade, transforma. Aos poucos, vamos percebendo que somos muito mais do que a dor, os traumas ou as máscaras. Dentro de nós também vivem recursos preciosos: coragem, intuição, compaixão, potência.
Esse caminho também convida à pausa. À presença. À escuta do corpo, das emoções, das memórias. Ele nos ensina a sair do piloto automático, a fazer escolhas mais conscientes, a cultivar vínculos mais saudáveis e a habitar nossa própria história com mais respeito.
Autoconhecimento não tem fórmula. Tem ritmo. Tem presença. Tem profundidade. E exige gentileza com o tempo das coisas.
Aos poucos, você vai se lembrando de quem sempre foi. Vai desamarrando os nós, desfazendo os ruídos e se reconectando com sua potência.
Se você está nessa jornada, lembre-se: o autoconhecimento não exige perfeição, mas presença. É sobre estar com você, por inteiro. Inclusive nas partes que ainda estão em construção.
É um trabalho silencioso, mas profundamente transformador. Não mágico, mas sagrado.
Que você possa seguir esse caminho com doçura. E que, ao se aproximar de si mesma, encontre não apenas respostas, mas companhia.
Que você possa seguir esse caminho com doçura e presença.
E se, em algum momento, sentir que precisa de apoio para atravessar as curvas dessa jornada, saiba que não precisa fazer isso sozinha.
A psicoterapia pode ser um espaço seguro de escuta e acolhimento para o que você carrega e também para o que deseja florescer.
✨Fico feliz que tenha chegado até aqui!
Se este conteúdo tocou você de alguma forma, comente e compartilhe com outras pessoas.
Espalhar consciência e afeto é sempre um bom caminho. ♡
Gostou do texto e que continuar aprofundando o olhar? Siga acompanhando nosso blog e fique por dentro de todas publicações.
Aproveite e inscreva-se para receber as postagens diretamente no seu e-mail.

Maria Cecília Fagundes Brasil
-Psicóloga Clinica | CRP 08/37354
-Psicoterapeuta de Mulheres
-Especialista em Psicoterapia Somática | Saúde Integral
-Especialista em Trauma e Estresse Pós-traumático
-Atendimentos Online
Para me conhecer melhor acesse: https://www.ceciliabrasil.com/psicologademulheres
"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."




Comentários