QUAIS DEFESAS VOCÊ TEM USADO PARA SOBREVIVER?
- 16 de mai.
- 3 min de leitura

"As dores que carregamos em silêncio moldam nossas defesas — mas é no acolhimento amoroso de nós mesmas que começa a verdadeira cura."
Grande parte das dores que nos acompanham na vida adulta não nasceram agora. Elas são antigas. Muitas vezes, vieram da infância, de momentos em que fomos expostos a situações que não sabíamos nomear ou compreender, mas que deixaram marcas profundas. Uma palavra dura, a ausência de acolhimento, o sentimento de inadequação, o medo de ser rejeitado, a experiência de não sermos vistos — tudo isso pode ter plantado sementes que, ao longo do tempo, cresceram em silêncio dentro de nós.
Essas experiências ficam registradas não só na memória, mas no corpo, nas emoções, nos padrões de pensamento e comportamento. São dores que, por serem intensas ou repetitivas, muitas vezes acabam sendo empurradas para longe da nossa consciência. E, para continuar vivendo, aprendemos a construir defesas.
Essas defesas — como a racionalização, o isolamento, a necessidade de controle, a busca incessante por agradar, a negação dos sentimentos — surgem como estratégias de sobrevivência. Elas fazem parte da nossa inteligência emocional primitiva, que tenta, de alguma forma, nos proteger da dor. E, em muitos momentos, elas realmente foram essenciais. Serviram como escudos em fases da vida em que não havia outra opção além de resistir.
Mas, à medida que crescemos, essas mesmas defesas podem se tornar prisões invisíveis. Elas nos afastam do contato verdadeiro com o que sentimos, nos impedem de viver relações mais autênticas, de acessar nossos sonhos mais profundos e até mesmo de perceber o que realmente desejamos da vida.
Você já se perguntou quais dores você carrega dentro de si?
Quais defesas você tem usado, talvez sem perceber, para não sentir essas feridas?
Talvez você perceba que sempre precisa estar no controle de tudo, que evita conflitos a qualquer custo, que se coloca em segundo plano para manter a harmonia, ou que tem dificuldade em confiar e se entregar emocionalmente. Tudo isso pode ser expressão de antigas dores que ainda vivem em você, mesmo que adormecidas.
A boa notícia é que essas defesas, embora pareçam rígidas, podem ser suavizadas com consciência, cuidado e amorosidade. O processo de cura emocional começa quando nos permitimos olhar para dentro com compaixão, sem julgamentos, e reconhecer que há partes de nós que ainda precisam de colo, de escuta, de presença.
Reconhecer e cuidar, com amor, das nossas vulnerabilidades interiores é um gesto profundamente transformador. Quando nos acolhemos com verdade, permitimos que a rigidez ceda lugar à leveza. Começamos a acessar nossas potencialidades adormecidas — dons, sensibilidades, intuições e desejos que estavam abafados pelas camadas de proteção.
Cuidar de si não é egoísmo. É um ato de coragem e responsabilidade afetiva consigo mesmo. Criar um espaço interno seguro, onde possamos sentir, respirar, descansar e existir com inteireza, é essencial para uma vida mais consciente e plena.
Por isso, deixo aqui um convite simples e profundo:
Reserve um tempo para cuidar de você.
Não precisa ser algo grandioso. Comece com um momento de silêncio, uma respiração mais atenta, uma pergunta sincera a si mesma: “Como estou me sentindo agora?”
Acolha a resposta que vier, mesmo que não seja clara. O importante é estar presente.
A cura acontece aos poucos, no ritmo da verdade do corpo e da alma. E cada passo de volta para si é um reencontro com aquilo que você é, em sua inteireza.
Fico feliz que tenha chegado até aqui!
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Maria Cecília Fagundes Brasil
-Psicóloga Clinica | CRP 08/37354
-Psicoterapeuta de Mulheres
-Especialista em Psicoterapia Somática | Saúde Integral
-Especialista em Trauma e Estresse Pós-traumático
-Atendimentos Online
Para me conhecer melhor acesse: https://www.ceciliabrasil.com/psicologademulheres
"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."




Olá Maria Cecília, amei o seu texto, falou ao meu coração!